Para começar gostaria de introduzir o conceito “Geração Y”. Os Ys, são pessoas que nasceram na década de 80 e, portanto, vivenciaram desde muito cedo os avanços tecnológicos, econômicos e sociais. Esses jovens, são filhos dos provenientes da Geração X. Hoje adultos de meia-idade, os Xs, cresceram em frente à televisão (enquanto os Ys cresceram em frente ao computador) e podem ser considerados a primeira geração a impactar positivamente à economia.
Porque a Geração Y virou pauta desta postagem?
Atualmente, este assunto também tem sido pauta para diversas discussões positivas e nem tão positivas assim sobre os jovens. O último texto, sobre este tema, bastante comentado, foi intitulado: “Why Generation Y Yuppies are Unhappy” ou “Porque a Geração Y é infeliz” em tradução livre (aqui: Huffington Post).
Tenho constatado que nós, Ys, estamos sendo frequentemente criticados. Compreendo que fazemos parte de um grupo que tem a própria forma de se comportar, comprar, trabalhar, consumir informação, interagir e etc. No ambiente corporativo, há rumores de que os Ys são exigentes com relação à liderança, quase insubordinados, instáveis, motivados somente por desafios constantes e interessados na rápida ascensão.
Agora a pergunta é: Isso é verdade?
E a dolorida resposta: SIM.
Nós Ys estamos sempre em busca do emprego que, naquele momento, nos parece ideal, enxergamos criticamente nosso gestor e estamos focados em atingir nossos objetivos de carreira. A notícia que deve aliviar os jovens que estão lendo esta postagem é que já há algum tempo tenho notado estas características também nos profissionais da geração anterior.
Então a Geração Y está contagiando viralmente os demais?
Sim e não. Acredito que estamos vivendo um momento no mercado de trabalho no qual os profissionais, de forma geral, estão menos suscetíveis a propostas de trabalho “furadas”, buscando sempre desafios novos e exigindo mais do chefe. Ou seja, essas características independem da idade do profissional, mas sim de uma série de fatores que a esfera profissional nos apresenta. Além disso, os mais velhos estão experienciando uma maior liberdade para realizar suas escolhas profissionais e aprendendo com a Geração Y, tanto quanto os jovens estão aprendendo com seus líderes (Xs).
O que a Geração Y tem para ensinar?
Os Ys podem contribuir para um ambiente de trabalho mais dinâmico, provando que os profissionais podem ser multitarefas, além disso, estão sempre buscando inovações e melhorias para os processos, contestando o Status Quo e propondo alternativas. Tudo isso sem esquecer do equilíbrio entre vida profissional e pessoal!
Em contrapartida, seria uma boa ideia se esses profissionais Y compartilhassem algumas características dos profissionais mais experientes como: paciência para colher os frutos do trabalho duro (resultados e ascensão em um tempo mais longo), resignação para lidar com feedbacks mais difíceis e maior compromisso com os valores organizacionais.
Com toda a dissertação feita acima, gostaria de assumir (sim, é dolorido) que a Geração Y é bastante diferente das gerações anteriores, mas com habilidades muito interessantes. E aqui fica um recado para meus colegas Ys: vamos usar essas habilidades para o bem, ok? Uma sugestão para meus antecessores Xs: abandonar os mitos e aprender com os jovens para melhorar o mundo corporativo pode ser uma boa saída, não é mesmo?
E aqui se encerra minha primeira matéria para o nosso blog, afinal, bloggar é uma coisa tão Y!
Abraços,
Y.